Foto: Charles Guerra (Diário)
O Laboratório Central de Saúde Pública do Estado (Lacen) confirma 51 casos de toxoplasmose na cidade em boletim divulgado às 20h14min desta terça-feira. Desses, oito são gestantes. O laboratório é o único responsável por dados oficiais. Outra informação é que os pacientes são de 18 bairros de Santa Maria. Em um primeiro momento, se tratavam de apenas 13 bairros.
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Paralelamente, os infectologistas anunciam 148 casos diagnosticados a partir de primeiros exames laboratoriais feitos na cidade. A informação dos médicos foi anunciada durante uma coletiva à imprensa, às 19h desta terça-feira, em que participaram dois profissionais.
Os exames partiram de atendimentos em consultórios públicos e privados. Segundo os infectologistas, a compilação é um resumo de atendimentos desde março até esta terça-feira. Ao todo,os profissionais atenderam 199 pessoas com sintomas da doença, nenhuma delas gestantes. Desses, 148 já fizeram teste sorológico e tiveram reagente positivo no resultado. Todos os casos foram notificados à Secretaria Municipal de Saúde. Os atendimentos foram feitos na Unimed, Hospital Geral de Guarição (do Exército), Unidade de Pronto-Atendimento (UPA), Hospital de Caridade e Pronto-Atendimento do Patronato.
- Absolutamente todos (são notificados). A notificação em um momento de surto é uma tarefa difícil. A gente passa o nome e o telefone do paciente, e a equipe da Vigilância tem adotado a estratégia de ligar e fazer toda a implementação. A informação protocolar nos demandaria muito tempo, e a gente tem pouco tempo diante do número de pacientes - explicou o infectologista Thiego Cavalheiro.
A secretária de Saúde, Liliane Mello Duarte, falou em entrevista exclusiva ao Diário na tarde desta terça, que não tem como fiscalizar se todos atendimentos da rede privada são notificados à prefeitura.
Os médicos informaram, ainda, que estão em investigação outros 51 casos de gestantes com suspeita da doença, desde 10 de janeiro deste ano. No entanto, nem todos os casos tiveram confirmação por exame.
- O que a gente vem fazer em nome do grupo de infectologistas é uma explanação do que estamos enfrentando. Saliento que isso é uma experiência pouco comum no mundo. A gente tem reestudado, diariamente, as informações para que a gente possa ir adaptando a nossa realidade à literatura, para que a gente possa fazer o melhor para os nossos pacientes - acrescenta Thiego.